segunda-feira, 30 de maio de 2011

A estudantes de Jornalismo, Presidente do SJPDF fala sobre fim do diploma


Lincoln Macário faz palestra sobre o fim da obrigatoridade
do diploma Foto: F. Stuckert
Para fechar a III Jornada Acadêmica de Jornalismo da Universidade Paulista (Unip), o presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJPDF), Lincoln Macário, abordou no último dia 20 de maio temas como o fim da obrigatoriedade do diploma e a importância do SJPDF para a classe.

Segundo ele, a liberdade de expressão é muito mais dura do que a obrigatoriedade do diploma da categoria. Disse que é o próprio dono do jornal  quem decide o que vai ser pautado e isso vai de acordo com os seus interesses.

“A gente vive essa esquizofrenia, uma coisa foi feita em nome da liberdade de expressão e a liberdade de expressão não está garantida”, disse.

O jornalista fez um balanço do quadro geral em todo o país. E ressaltou que em São Paulo, após o fim da exigência do diploma aumentou bastante a busca pelo registro por pessoas sem formação superior em Jornalismo.

Macário afirma que a discussão da obrigatoriedade ou não do diploma é algo ainda muito confuso. Segundo ele, o próprio Ministério do Trabalho, órgão que, em última instância, cabe regulamentar essa questão, ficou sem saber exatamente o que fazer.

Ao invés de criar uma determinação, o Ministério fez uma recomendação às Superintendências Regionais de Trabalho, mas sua aplicação fica a critério do chefe do Departamento de Registro Profissional de cada estado e acrescenta ainda que, aqui em Brasília, por exemplo, essa recomendação não é seguida.

Outro ponto abordado por Macário durante a palestra foi a importância do Sindicato dos Jornalistas para defender os direitos da categoria. “O sindicato é uma conquista, é um reflexo do nosso grau de mobilização", afirmou o presidente.

De acordo com ele, por muito tempo o sindicato foi compreendido como uma associação qualquer, como apenas um grupo que se junta sem uma função específica. Porém, o papel fundamental dessa organização é garantir os direitos dos jornalistas, dando-lhes vez e voz nos processos que dizem respeito à classe.

O Presidente do SJPDF relembrou ainda que o Sindicato é resultado de gente que morreu para garantir nossos direitos e nos dá voz nas discussões com as empresas. Para ele, é imprescindível que todo jornalista tenha consciência dessa  conquista e continue lutando em favor de suas causas.

Por: Tamires Marinho
Edição: William Passos

quinta-feira, 19 de maio de 2011

A construção de um mundo sustentável deve ser o norte do jornalista

Jornalista Renata Camargo faz palestra sobre a importância
da imprensa para a construção de um mundo sustentável
Foto: Francisco Stuckert
O segundo dia da Jornada Acadêmica de Jornalismo realizada pela Universidade Paulista (UNIP), campus Brasília, contou com a presença de Renata Camargo. A jornalista é colunista no site Congresso em Foco e também especialista em direito ambiental e desenvolvimento sustentável.

O assunto em questão foi à sustentabilidade. Para Camargo, apesar da definição de um mundo sustentável ser algo pessoal, todos precisam levar em consideração a justiça, igualdade e acima de tudo a preservação dos bens naturais, consumindo só o que é necessário.

Os meios de comunicação tem o papel de informar e isso é transcrever a realidade com imparcialidade, fiscalizar os recursos públicos e formar opinião como, por exemplo, nos editoriais e colunas.


Segundo a palestrante o jornalista tem que ter um papel ambiental, conscientizando a população sobre os recursos naturais e medidas para preservação dele a médio e longo prazo.

A atual discussão sobre o novo código florestal também foi debatido. Para ela esse tema trata de uma “briga” de dois pontos de vista diferentes. Um lado prioriza o crescimento econômico e o outro repensa os padrões de consumo. “Na cobertura de um caso como esse o repórter precisa entender a situação como um todo e não como um fato isolado” afirma.

A formação profissional foi apontada como fundamental em todas as áreas do jornalismo. Hoje o mercado mudou. Se exige que tenhamos uma educação especializada, visão crítica sobre os fatos e ser consciente. A contribuição para construção de uma sociedade melhor deve ser o foco em cada matéria, deixando as informações fúteis de lado priorizando as relevantes.

Por: Mirelle Pinheiro
Edição: Renata Moreira Suélem Santos

Corban Costa fala como foi ficar preso no Egito

"O jornalismo caiu no meu colo", afirma Corban Costa
Foto: F. Stuckert
 “O jornalismo caiu no meu colo”. Foi com essa frase que o jornalista da Rádio Nacional, Corban Costa iniciou sua palestra nesta quinta-feira (19) durante a Jornada de Jornalismo da Unip 2011.

Costa estava no sétimo semestre do curso de administração quando descobriu que não era essa carreira que queria seguir. Depois de algum tempo, resolveu abandonar a rotina administrativa e fazer outra faculdade. Entre economia, contabilidade e comunicação, Costa optou pela comunicação e diz não se arrepender.
O jornalista contou as várias situações difíceis pelas quais passou por causa da profissão. Foram desde viagens com o ex-presidente Fernando Collor de Melo, desapropriação de garimpos em reservas indígenas, à cobertura durante a guerra civil na Angola. "Quando você é jornalista e aceita desafios, você pode ultrapassar o racional e arriscar sua vida, vai de cada um", ressalta.

Prisão Egito
A mais recente aventura internacional que Corban Costa viveu foi em março deste ano. Com uma pauta para cobrir o Fórum Social em Senegal, e uma mudança de itinerário, Costa foi parar no Egito apara acompanhar o desenrolar da revolta popular contra o ex-ditador Hosni Mubarak.
Corban Costa foi com o colega Gilvan Rocha noticiar a crise política. Assim que desembarcaram no aeroporto tiveram seus equipamentos apreendidos. Antes de conseguirem chegar ao hotel, os jornalistas foram barrados por policias, vendados e levados à delegacia, onde ficaram presos por 48 horas.
Para ele essa experiência tanto marcou a sua carreira, como também serviu para que  pudesse perceber os seus limites. "Nunca rezei tanto na vida. Temi pela minha vida cinco vezes, as cinco vezes eu rezei", relembra.
Assim que foram liberados, Costa e o colega tiveram que deixar imediatamente o Egito. O jornalista diz não acreditar que voltou ao Brasil sem nenhuma noticia, mas sendo a noticia.
Costa deixa a receita: as três coisas fundamentais a se saber para a superação de surpresas que possam aparecer durante uma cobertura jornalística é a preparação intelecto, física e espiritualmente.  Essa lição foi aprendida por ele na prática.

Por: Raysa Soares
Edição: Renata Moreira e Suélem Santos

Stepan fala sobre liberdade de expressão na Unip

O ator, diretor e deputado federal Stepan Nercessian (PPS-RJ) ressaltou na noite desta quarta-feira (18) a necessidade de as pessoas não perderem de vista a comunicação pessoal e direta, diante das novas tecnologias.

Foi durante palestra a estudantes e professores de Jornalismo da Universidade Paulista (Unip) – campus Brasília.

Stepan vem de uma geração que encontrou dificuldades para se expressar durante um certo período da história brasileira por causa do regime militar vigente. Vale ressaltar que ele foi militante político e teve participação ativa no movimento de redemocratização do país, batizado de Diretas Já, ocorrido na década de 80. 

                                                                         
                                                                                  Foto: Francisco Stuckert
Stepan é ator, diretor e deputado federal

Em plena era digital, hoje, ele acredita que a tecnologia é importante para o desenvolvimento da sociedade, mas deve ser usada com cautela. “Tem-se que ter limite e saber usá-la, para não perdemos o contato pessoal”, disse.

De acordo com o deputado, a Internet é uma ferramenta na qual a única razão é para fazer as pessoas se comunicarem. Mas ele acredita que dentro dessa comunicação não há trocas, somente a emissão de opinião.

“Os jovens hoje não se preocupam em conhecer outras pessoas e trocarem informações cara a cara, eles preferem entrar no Facebook e a partir daí conversar com o colega”, relatou. Para ele, a tecnologia avança a cada dia, mas afasta a comunicação interpessoal.

Nercessian explica que, muitas vezes, o cidadão sabe o que acontece no mundo pela Internet, mas não tem conhecimento do que se passa dentro de casa.

Analfabetismo virtual

Stepan levantou também um outro problema, que ocorre por conta das pressões da sociedade de consumo que se vê obrigada a migrar para as novas tecnologias sem, muitas vezes, conhecê-las.

Para ele, neste instante surge o analfabeto virtual. “Não temos no Brasil, postos de Internet pública, as pessoas que moram em comunidades no interior ficam excluídas da evolução digital”, relatou.

Segundo o ator e parlamentar, a Internet, se não for bem usada, vira uma repetição e cria a incapacidade nas escolas. “Temos que ver que a tecnologia é o braço que nos auxilia, mas, em muitos casos, o mundo virtual está sendo usado contra a vida do homem”, afirmou.

O deputado disse ainda que os jornalistas precisam de ousadia e criatividade. Para Stepan Nercessian, estes profissionais encontram isso na Internet por conseguirem se expressar com mais liberdade, pois muitos veículos de comunicação colocam limites ou seguem certo tipo de regras que não os permitem se expressarem livremente.

Na redação

Ele relatou ainda à plateia, que era formada por estudantes, professores e jornalistas profissionais, que durante sua adolescência trabalhou no jornal 5 de Março e foi auxiliar de revisor. “Minha formação cultural e intelectual foi na redação do jornal”, concluiu.

Por Julliana Ribeiro 
Edição: William Passos

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Criatividade e ousadia fazem carreira promissora

Luiz Fara Monteiro fala sobre os desafios da cobertura de grandes
 eventos   - Foto: Francisco Stuckert

No primeiro dia da Jornada Acadêmica de Jornalismo da Universidade Paulista, tivemos a presença de grandes nomes do jornalismo brasileiro. Entre eles, o repórter e apresentador Luiz Fara Monteiro, também conhecido como Lula. Em sua palestra, falou do início da sua carreira como jornalista e sobre os desafios da cobertura de eventos de grande porte.
 Luiz Fara entrevista ex-presidente
 da república Luiz    Inácio Lula da
 Silva  para o programa "Café com
 o Presidente"   Foto: F. Stuckert

O apresentador iniciou sua carreira como locutor na rádio 105FM, atual Club FM. Além do programa “Café com o Presidente” com o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, também foi âncora do jornal nacionalmente conhecido, “A Voz do Brasil”.    

Como repórter, seu maior desafio foi à cobertura do desastre causado pelo terremoto no Haiti.  “Era complicado separar o lado profissional do pessoal, devido tamanho desespero das pessoas”, afirma. Já seu maior furo de reportagem, aconteceu em 2002 com a vitória da seleção brasileira na Copa do Mundo.  “Fui o primeiro jornalista a entrevistar os jogadores (pentacampeões do mundo), em cima de um trio elétrico, ao som de Ivete Sangalo”, relembra.

Na TV, como correspondente internacional da Rede Record, realizou a cobertura da Copa do Mundo 2010, na África do Sul. Considerou um grande desafio a sua ida para o continente africano, pois a emissora não tinha o direito da transmissão de imagens dos jogos e para conseguir boas matérias, era preciso ter ”jornalismo na veia”. “Para cobrir esse tipo de evento, é necessário uma estratégia de cobertura, ter criatividade, ousadia e diversão” disse Lula. 

Monteiro conta como precisou desconstruir a imagem de extrema miséria que o Brasil tem a respeito da África. A infraestrutura africana ganha de muitos países, onde estádios e aeroportos são impecáveis. “A polícia lá [na África] anda de BMW, aqui ela anda de carro 1.0” brincou Fara.

Por: Paulo Navarro
Edição: Suélem Santos e Renata Moreira

Ladainha interage com o público

Mestre Gilvan promove interação do auditório
Foto: Francisco Stuckert
Sob o comando de Gilvan Alves de Andrade, o grupo de capoeira Ladainha,  fez o auditório da Universidade Paulista (Unip) “mexer as cadeiras”.  Mestre Gilvan, como prefere ser chamado, convidou o público a fazer um aquecimento corporal, que possibilitou o batismo do auditório como membro da Campanha do Abraço.
Um grupo de oito pessoas subiu ao palco para dançar, cantar e tocar berimbau e mostrar  ao público o que é “vivência”. Esse estilo de dança é o momento onde todos os capoeiristas participam da roda. “É o diálogo do corpo”, afirma o mestre.
Em Brasília, 22 de maio na Torre de TV, acontecerá o movimento do Dia Mundial do Abraço. “Esse exercício é para quem se acha habilitado a distribuir abraços e recebê-los”, deixa o convite Gilvan.

 
Vivendo melhor

Capoeirista dá salto mortal
Foto: Francisco Stuckert
O trabalho de capoterapia  realizado pelo Grupo Ladainha começou em 1998 no Distrito Federal (DF). Atualmente, o projeto já expandiu para mais de 166 municípios no Brasil.
 A atuação do grupo no DF está centralizada principalmente em Taguatinga - com 200 membros. Ceilândia, Brazlândia, Recanto das Emas, Planaltina e o Plano Piloto também fazem parte das cidades satélites integradas ao projeto.
A capoterapia é volta para todas as classes sociais. Seu principal foco é a interatividade para com a terceira idade. Mais de 1200 idosos  participam de atividades terapêuticas, com enfoque na capoeira. Os jovens e crianças também são alvos.
"Nosso trabalho é fazer com que as pessoas tenham qualidade de vida, sem gastar dinheiro. Para isso lançamos campanhas e terapias", relata.
A Terapia do Abraço, lançada há 18 anos, pelo mestre Gilvan ganhou adeptos pelo mundo a fora. A mais recente campanha é a "Gincana do Afeto", realizada em escolas públicas e privadas. O foco está em mostrar aos alunos e professores a importância de valores - como o carinho e o respeito - que têm se perdido com a contemporaneidade
Reportagem e Edição: Renata Moreira e Suélem Santos

Abertura oficial da Jornada

William Passos faz discurso de abertura
Foto: Francisco Stuckert
Às 20h15min a Terceira Jornada de Jornalismo da Universidade Paulista 2011 foi oficialmente aberta.

O pronunciamento de abertura foi realizado pelo professor e coordenador do evento Willian Passos.
 Em seu discurso, Passos, enfatizou a importância de se ter profissionais de comunicação com o dom da fala e da escrita. E acima de tudo, a necessidade de que o profissional contemporâneo seja não apenas “ligado”, mas também interligado no meio social.
  
Os cerimonialistas da noite foram os estudantes do 4º semestre de jornalismo, Suellen Siqueira e Rafael Rodrigues (ao funfo, foto ao lado).


Jornada de Jornalismo da Unip terá cobertura ao vivo a partir das 19h

A equipe de alunos da disciplina Agência de Notícias fará a cobertura jornalística da Jornada de Jornalismo da Unip 2011.

A abertura do evento será às 19h30 com apresentação de roda de capoeira e mini palestra sobre comunicação corporal.

Na pauta de hoje estão palestras do ator e diretor Stepan Nercessian, do apresentador Luiz Fara Monteiro e Antonio Carlos Lago, que é assessor de comunicação do Ibama.

A partir das 19h, os estudantes começam a divulgar informações dos bastidores do evento aqui na Agência de Notícias Experimental.

UNIP promove esta semana 3ª Jornada de Jornalismo

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Unip promove Terceira Jornada de Jornalismo

Por: Suélem Santos
A Universidade Paulista (UNIP), realiza nesta semana a terceira Jornada de Jornalismo nos dias 18 a 20 de maio, no anfiteatro Ulysses Guimarães na quadra 913 sul, às 19h30, entrada franca. O tema abordado será “Jornalismo no Mundo Interconectado – práticas e tendências”.
O evento é direcionado a estudantes de jornalismo, recém formados e professores. Estima-se que nos três dias cerca de 500 pessoas participem. A programação paralela contará com uma mostra de filmes no período matutino e concurso de fotografia com o tema “Brasília, capital do Brasil”.
A abertura do evento será com a apresentação de roda de capoeira com o grupo Ladainha. Em seguida, Antônio Carlos Lago, assessor de comunicação do IBAMA esclarecerá o papel socioambiental de um comunicador. E o repórter e apresentador da Rede Record, Luiz Fara Monteiro, falará sobre a cobertura jornalística em grandes eventos – Copa do Mundo 2010. Stepan Nercessian, ator, diretor e deputado federal, debaterá com os alunos a liberdade de expressão na era digital.
Na quinta-feira, os jornalistas Corban Costa e Renata Camargo falarão sobre situações de risco em coberturas jornalísticas e sobre a contribuição da imprensa para a construção de um mundo mais sustentável.
E para fechar o ciclo de palestras na sexta-feira o presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do DF, Lincoln Macário Maia, terá como tema de sua palestra a mudança desde o fim da exigência do diploma para jornalistas. O encerramento ficará por conta de uma apresentação musical ao vivo.